segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Bonnie & Jeremy

Na segunda temporada de vampire diaries, esta surgindo varios romances e como são varios, escolhemos um que no começo da serie não deu sinais que fosse rolar algo. Então escolhemos Bonnie e Jeremy, Confira abaixo uma matéria que faz uma análise desse romance:

Em 1849, um homem muito inteligente, Henri Amiel, descreveu heroísmo da seguinte forma: “É o triunfo brilhante da alma sobre o medo. Heroísmo é uma desconcertante e gloriosa concentração de coragem”.

Triunfar sobre o medo, coragem, gloriosos… Bem, não são exatamente as palavras certas de se usar para descrever os personagem secundários de Vampire Diaries (a não ser que conte usar glorioso, para o cabelo da Caroline). Mas, no decorrer desta última temporada e meia, especialmente a segunda, vários dos (que costumavam ser) apenas personagens de apoio, se tornaram peças fundamentais da história criada por Kevin e Julie (assim como Madonna, sobrenomes já são dispensáveis para esses dois). O interessante da segunda temporada, é que independente de o personagem estar ou não envolvido no triângulo principal, ele é essencial por alguma outra razão. Um desses exemplos, é o Jeremy.

Eu não sei vocês, mas por vários episódios ele me irritou muito. Sério. Quando ele tentou se tornar vampiro, bebendo o sangue da Anna, eu fiquei com uma vontade absurda de ir até Mystic Falls (estou nem aí que é ficção) e dar um tabefes nele, para ele ver se aprende como crescer, e parar de resmungar um pouco, e colocar um pouco de amor próprio naquela cabecinha de adolescente dele.

Mas agora, olhando pra trás, eu vejo que sou muita agradecida de passar uma temporada toda achando o Jeremy um personagem irritante. Por quê? Porque eu pude vivenciar uma emocionante mudança de opinião. Foi fantástica, passar a entendê-lo melhor e mudar minha visão dele de uma forma quase que dramática, afinal, eu amo amar um personagem, muito mais do que ficar me sentindo incomodada por ele. Foi um espaço curto de tempo, no qual o Jeremy vítima, deu lugar ao Jeremy Homem, e apesar de ter sido uma transformação muito rápida, foi muito gratificante ver o crescimento do personagem dele, e sua nova atitude em relação a vida e as ameaças que ele agora sabe que existem.

No episodio “The Sacrifice”, tiverem duas cenas que me fizeram ver duas coisas: como Jeremy foi reformulado quanto personagem de maneira perfeita, e o quanto é incrível o talente de Steven McQueen para atuar. Primeiro na cena em que ele entra na tumba onde está Katherine para pegar a Selenita, para não prejudicar Bonnie usando magia. E outro momento marcante, é quando eles já estão em casa e ele finalmente confessa para Bonnie em palavras o que suas atitudes já haviam mostrado ser verdade: que ele tem sentimentos – e bem intensos – pela melhor amiga da sua irmã.

E falando na Bonnie, eu acho que ela foi a personagem com mais mudanças de humor ao longo da história até agora. Ela esteve de bom humor, de mau humor, foi boa, má, maluca, triste, vingativa, feliz, amável, tímida… tudo em muito pouco tempo. Às vezes, assistindo a um episódio novo e vendo algumas reações da Bonnie, é difícil de lembrar de quando ela e Elena eram apenas duas garotas vendo penas voarem magicamente no quarto.

Depois de passar alguns episódios sem aparecer, sua volta foi bem chocante. Ela passou a ser mais irritada, quieta, e totalmente sem capacidade de perdoar qualquer um ou qualquer coisa associada a vampiros. Não existe cinza com ela, é preto ou branco.

Na minha opinião, a segunda temporada é infimamente melhor que a primeira, e a razão disso é mais que apenas bons roteiros. É o quão bem planejado tudo foi. Bonnie, é um exemplo disso. Ela cresceu infinitamente, e é compreensível algumas de suas mudanças de humor, por causa do trauma que ela viveu. Mas ela deixou de ser uma personagem interessante.

Analisando as primeiras cenas da segunda temporada, quando ela põe fogo em Damon, dá cortes em Caroline, descordando em tudo que Elena fala, é possível ver que ela mudou, mas que ainda circula ao redor daquela Bonnie amável da primeira temporada. Ela ainda luta pelo bem, e para proteger aqueles que ama, mas agora ela é tão mais forte, emocional e magicamente, que sua personalidade acabou alterada.

Então, esses são eles individualmente. Agora a pergunta é, esses personagens que têm se mostrado tão essências na sua individualidade, vão continuar a dar tão certo juntos, como tudo indica que os roteiristas querem? Por mim, alguma coisa neles dois me faz ter fé.

Eu sinto que esses dois personagens têm muito o que completar um ao outro, no estado emocional que eles estão. Esqueçam que eles lutam contra vampiros diabólicos. Esqueça que na lua cheia, há lobisomens onde eles moram. Lembrem-se, que antes de tudo, eles são pessoas. Pessoas que fizeram coisas boas e ruins, que tiveram decisões espertas e outras muito ruins. Que amam, e querem ser amados. O fato, é que Jeremy e Bonnie chegaram a um ponto de individualidade e independência, que o fato de juntar duas pessoas com essa mesma característica, pode ser algo a fortalecer os dois mais ainda, ou um calcanhar de Aquiles, e acabará por destruir os dois.

Mas, uma pessoa muito inteligente um dia disse que “amar é arriscar não ser amado de volta. Ter esperança, é arriscar ter dor. Tentar, é arriscar fracassar, mas riscos devem ser corridos, porque a maior tristeza da vida pode ser não ter o que o arriscar”. E se Bonnie e Jeremy deixaram uma coisa clara sobre si mesmos – ambos como casal em potencial, ou na sua individualidade – é que a única coisas que eles não pretendem fazer, é deixar de arriscar; eles sabem que se há algo que para eles, algo que vale a pena na vida, de verdade, então também vale a pena morrer por isso.

Resumindo, o que faz esses dois personagens serem tão mais fortes do que eram antes? Da minha parte, a resposta é bem simples. Eles são a incorporação da idéia que você não é algo pré-determinado. Uma decisão a se tomar, todos os dias pode mudar o seu rumo na vida. O poder reside na sua verdadeira identidade, em entender suas próprias forças e fraquezas, do que simplesmente ouvir de outras quais elas são, e deixar que decidam sua vida por você.

- Grace Tavares

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